domingo, 7 de maio de 2023
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
sábado, 9 de outubro de 2010
sábado, 4 de setembro de 2010
Projeto Árvore da chupeta
RESUMO
A chupeta possui um grande valor sentimental para as crianças de Educação Infantil, porém ela tem trazido dependência e transtornos à saúde bucal de nossas crianças. É importante frisar que esta afeição sentimental as torna dependentes de um pequeno objeto, que em nosso caso é a chupeta. O objetivo desse projeto é conscientizar as crianças, orientar e advertir os pais quanto ao uso excessivo da chupeta e do prejuízo que ela causa ao desenvolvimento bucal e psicológico de nossas crianças da Educação Infantil . Com atividades lúdicas e com o apoio dos pais, nossa meta é que 100% da turma participante do projeto deixem a chupeta de forma natural, representando uma grande conquista para cada um. Foi um desafio, tanto para criança, como para os pais, porém os resultados surgiram, e a relação família e escola foi fortalecida pelo projeto "Árvore da Chupeta: Estímulo para uma Grande Conquista".
Palavras chaves: Saúde Bucal; Chupeta; Afeição Sentimental;
INTRODUÇÃO
Se formos observar a história da chupeta veremos que sua função sempre foi uma maneira de acalmar as crianças. Essa ideia, baseada no senso comum, tem sido transmitida de geração em geração, ao longo da história. "A chupeta foi citada pela primeira vez, na literatura médica, no fim do século XV por Metlinger (1473) e Rosslin (1513). "[...] Escavações de tumbas de bebês que viveram há 3.000 anos revelaram a existência de peças feitas de argila, em forma de porco, sapo ou cavalo, que possuíam um orifício pelo qual era introduzido mel e outro, na boca do animal, que permitia que a criança sugasse o seu conteúdo" (CASTILHO e ROCHA, 2009).
Quando a mãe recebe a notícia de uma gravidez, umas das peças que geralmente fazem parte do enxoval do bebê é a chupeta, pois ela costuma ser oferecida para amenizar o choro da criança.
A chupeta vem sendo alvo de discussão nos últimos anos, principalmente após 1970, quando teve início o movimento de incentivo ao aleitamento materno. "Passou a ser contraindicada, não só por provocar o confundimento de bicos e prejudicar o estabelecimento da amamentação, mas também pelo fato de postergar a mamada, ao ser empregada para acalmar a criança." (CASTILHO e ROCHA, 2009).
A melhor forma de evitar que essa ideia continue se propagando e trazendo malefícios às nossas crianças, é conscientizar primeiramente os pais. Por isto, na primeira reunião de pais e professores foi apresentado a proposta desse projeto, sendo que dos quinze alunos matriculados, apenas cinco haviam deixado da chupeta. Os pais receberam muito bem a proposta, concordando, colaborando, apoiando e incentivando seus filhos a se envolverem com as ações do projeto até o objetivo desejado por todos: desapegar-se da chupeta e levá-la para pendurar na árvore.
Após a confecção do incentivador simbólico: Árvore da Chupeta, realizamos algumas pesquisas nas revistas, livros e no Laboratório de Informática, utilizando os recursos tecnológicos, com o objetivo das crianças verem através das imagens e ilustrações, os possíveis prejuízos que a chupeta causa ao desenvolvimento da arcada dentária.
Porém, a pesquisa não se limitou às crianças e ao espaço da Escola, ela se estendeu aos pais, quando todos comprovaram que desde pequenos, essa tendência de ter algo para "chupar" é muito comum, porém, com o tempo torna-se prejudicial. "A sucção é um reflexo inato, estando presente desde a vida intrauterina. Por meio dela, a criança entra em contato com o mundo externo, satisfazendo, além da nutrição, suas necessidades afetivas" (CASTILHO e ROCHA apud BEE, H.,2009). Entrando no ramo da fonoaudiologia, Castilho e Rocha citam que:
A chupeta, quando necessária para dar estabilidade emocional à criança, deve ser usada de forma racional, pois a severidade dos efeitos nocivos está relacionada à duração (período de utilização), frequência (número de vezes por dia) e intensidade (duração de cada sucção e atividade dos músculos envolvidos) com que é usada, podendo determinar má oclusão dentária, má postura de língua e problemas articulatórios.
No processo de compreensão aos malefícios que a chupeta pode causar se utilizada por um longo período e de forma inadequada, as crianças perceberam, em frente ao espelho, algumas alterações em seu sorriso, e isto, reforçou a importância de abandonar a chupeta, tornando-se ao mesmo tempo, um estímulo para essa grande conquista.
Após esse primeiro período de conscientização, foi utilizada a história "A dor do Crocodilo" para reforçar o cuidado que devemos ter com os nossos dentes. A história desse livro fala de um crocodilo e um hipopótamo que por não cuidarem bem de seus dentes sentiam muita dor. Utilizamos outras histórias e aplicações, pois através de histórias, a criança apresenta maior facilidade para assimilar informações, sendo que a mente narrativa da criança precisa ser estimulada pelo professor. "[...] o estímulo e o desenvolvimento do modo narrativo mental é educacionalmente vital. E esse modo, originado em histórias que nos ajudam a memorizar, é o domínio no qual a imaginação é imprescindível" (EGAN et al., 2007, p. 23).
Mediante histórias, cânticos, poesias, palestra, fizemos algumas atividades lúdicas, uma delas foi a colagem de sorrisos limpos, bonitos, e saudáveis, representando o cuidado e o interesse que cada criança deveria ter com os seus dentinhos. Até que chegou a primeira conquista, o grande dia, em que cinco das crianças, deixaram de usar a chupeta e trouxeram-na para pendurar na Árvore da Chupeta. Conforme as figuras abaixo, foi feito uma cerimônia de premiação. Ao som da música tema da Vitória do Ayrton Senna, cada criança desfilou pela sala e andou pelo tapete vermelho até subir ao pódio, onde pendurou sua chupeta na Árvore. E para sua surpresa, ali também se encontrava uma linda e grande medalha, que representava sua decisão e conquista. Confeccionamos essa medalha de E.V.A. em forma de chupeta, por acreditar que ela serviria de recordação à criança como uma das primeiras conquistas na vida e na Escola.
Ao concluir a primeira cerimônia de premiações, as demais crianças ficaram entusiasmadas com tudo o que viram, principalmente com a medalha e a influência da decisão dos primeiros colegas. Assim, essas crianças também se motivaram a deixar suas chupetas para logo subir ao pódio, e deixá-las penduradas na árvore, pois afinal de contas, todas já conseguiam se imaginar vencedoras de um apego e hábito de infância. No decorrer do projeto surgiram outras cerimônias iguais da acima citada. Cada homenagem era única, e motivo de festa, vibração e muita alegria pelas conquistas das crianças, que tornou nossa também.
CONCLUSÃO
No decorrer do projeto, percebeu-se nitidamente como a conscientização, aos pais e o apoio destes, foi importante para a tomada de grandes e importantes decisões. As crianças e os pais se envolveram com interesse e credibilidade no projeto, e como resultado do envolvimento da escola no processo de abandonar a chupeta, os pais deixaram registrado, no Arquivo Biográfico, alguns textos, que representam a importância desse projeto:
"O nosso filho parou de chupar antes de ir para a escola. Ele ficou muito contente em colocar o bico na árvore da chupeta e de ganhar a medalha."
"Bom, a nossa família é privilegiada pelo fato de que a Lara não usou a chupeta desde que nasceu. Mas estamos prontos a ajudar no que for preciso para que este projeto se concretize. Pois conhecemos todos os malefícios da chupeta [...]"
"Quando nosso filho entrou na Escola Adventista, já tinha deixado a chupeta, porém ainda tinha umas recaídas. Então, com o projeto da Árvore da chupeta, ele tem falado coisas que nos surpreenderam, como por exemplo: ' O bico estraga os dentes e eles podem ficar tortos'. Quando ele encontrou sua última chupeta, que foi guardada em uma gaveta, perguntei se ele gostaria de chupar, ele disse que não podia porque iria levá-la par a escola e ganhar sua medalha. Nós estamos muito felizes com essa conquista."
Como comprovam os depoimentos acima, a aplicação deste projeto, representou ajuda, apoio para as famílias e, principalmente para as crianças que necessitam de conscientização e estímulos para o abandono de alguns hábitos que podem se tornar prejudiciais à saúde, a estética e ao aspecto emocional. No começo do projeto, era apenas uma árvore vazia, hoje, esta árvore além de conter os nomes das crianças. Ela tem penduradas as chupetas dos vencedores, simbolizando, desafios, decisão, alegria e grande conquista.
Thainara Dal Bó Medeiros Goulart - Escola Adventista de Tubarão
terça-feira, 31 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
terça-feira, 3 de agosto de 2010
UNICEF saúda projeto de lei contra castigos corporais em crianças
UNICEF saúda projeto de lei contra castigos corporais em crianças
Brasília, 14 de julho – O UNICEF no Brasil parabeniza a iniciativa do governo federal em enviar para debate no Congresso Nacional o projeto de lei sobre castigos corporais e "tratamento cruel ou degradante" contra crianças e adolescentes, assinado hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A proposta vem somar-se aos avanços na garantia dos direitos de crianças e adolescentes impulsionados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que completou 20 anos de aprovação nesta terça-feira. O projeto materializa preceitos defendidos pela Convenção sobre os Direitos da Criança, da qual o Brasil é signatário, e do Estudo Global das Nações Unidas sobre Violência contra Crianças, do Secretário-Geral da ONU.
O UNICEF deseja que o Congresso Nacional promova um rico debate sobre o assunto. E mais, que essas discussões sejam levadas à sociedade e que a percepção de que castigos corporais contra crianças e adolescentes sejam educativos desapareça das famílias brasileiras e dê lugar à cultura do diálogo, do carinho, dos bons exemplos e do direito de cada criança a crescer sem violência. Bater em uma criança é agressão e um atentado ao desenvolvimento físico e psicológico pleno e saudável. Se aprovada, o Brasil será o 26º país a adotar uma lei contra o castigo corporal de crianças.
Brasília, 14 de julho – O UNICEF no Brasil parabeniza a iniciativa do governo federal em enviar para debate no Congresso Nacional o projeto de lei sobre castigos corporais e "tratamento cruel ou degradante" contra crianças e adolescentes, assinado hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A proposta vem somar-se aos avanços na garantia dos direitos de crianças e adolescentes impulsionados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que completou 20 anos de aprovação nesta terça-feira. O projeto materializa preceitos defendidos pela Convenção sobre os Direitos da Criança, da qual o Brasil é signatário, e do Estudo Global das Nações Unidas sobre Violência contra Crianças, do Secretário-Geral da ONU.
O UNICEF deseja que o Congresso Nacional promova um rico debate sobre o assunto. E mais, que essas discussões sejam levadas à sociedade e que a percepção de que castigos corporais contra crianças e adolescentes sejam educativos desapareça das famílias brasileiras e dê lugar à cultura do diálogo, do carinho, dos bons exemplos e do direito de cada criança a crescer sem violência. Bater em uma criança é agressão e um atentado ao desenvolvimento físico e psicológico pleno e saudável. Se aprovada, o Brasil será o 26º país a adotar uma lei contra o castigo corporal de crianças.
Assinar:
Postagens (Atom)